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terça-feira, 12 de julho de 2011

Não concordo

Isso não é uma poesia. É dificil escrever poesia quando você deixa de acreditar em palavras. Pior que isso, é dificil escrever poesia quando você acredita que pode se afogar nos sentimentos que elas expressam. Então você passa a acreditar que, se parar de escrever sobre amor, deixará de sentí-lo. Passa a acreditar que esquecerá a saudade, as decepções, os medos e todos os sentimentos que te fazem chorar se simplesmente parar de escrever poesia. Porque escrever poesia nada mais é do que reafirmar os sentimentos e concordar com eles. Eu não concordo com a tristeza, não concordo com a saudade, e, acima de tudo, não concordo com o amor platonico. No dia em que eu conseguir escrever sobre as belezas e alegrias da vida, escreverei. Os outros temas deixo para poetas mais fortes que eu.
Debora Mota

domingo, 3 de julho de 2011

Canto para o meu amado

Canto para o meu amado
Se o meu canto chegar aos ouvidos do meu amado,

que alcance seu coração.

Canto para acarinhá-lo

e refrigerar sua alma.

Ainda mais doce que minha voz

é o carinho que sinto por ele.

Se o meu canto chegar ao coração do meu amado,

que acalme as tempestades que ali ocorrem

e destrua as camadas de pedra que o envolve.

Que o meu canto suavize o coração do meu amado,

suavize seu sangue, seu corpo, seu ser.

Eu canto para o meu amado

como prova de amor.

Se o meu canto chegar aos seus ouvidos,

se o meu canto alcançar o seu coração,

se o meu canto suavizar a vida do meu amado

terá atingido seu objetivo maior

e eu terei paz.

Debora Mota

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Mar de Letras

゚゚゚

Mar de Letras

゚゚゚

Mergulhei num mar de letras

à procura de palavras

que aliviassem minha dor.

Palavras que pudessem preencher meus vazios

e deitar ao meu lado

nas noites de solidão.

゚゚゚

Jamais pude encontrá-las

e já não creio que existem.

O que vejo agora

é apenas um pequeno lago

de letras estéreis e inúteis

onde não quero entrar.

Cansada e sem fé,

sinto que poderia me afogar.

゚゚゚

Então fico com a dor

com o vazio

e com a solidão.

Porque não há palavra alguma

capaz de destruí-los.

゚゚゚

Debora Mota

quinta-feira, 21 de abril de 2011

That Old Song/ Aquela Antiga Canção

Versão em Português logo em seguida

That old song

Let's join our voices

to sing that old song

Let's make the whole world

listen our choir

The most beautiful choir of the world

You know the song

And you know it's message

You have voice

and have fellings

So sing with your heart

In the strongest way you can

There are other singers around the world

singing with you

as passionate as you are

We are holding hands

and our faith is big

When people listen to us

They will be touched by the music

That forgotten old song

muffled by the noise of guns

Everyone who hear us

Will shed tear of emotion

and will begin to sing with us

They won't have difficulty to sing

because everyone knows the song

They have only stoped singing it

If you sing with us

the song will be so powerful

that will reach every place

and every people of this world

So even the coldest heart

will be touched and changed

The sound of our choir

will be, little by little,

stronger than the sound of the guns

until the day when nobody else

will listen that terrible noise.

Debora Mota

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Aquela antiga canção

Vamos unir nossas vozes

para cantar aquela antiga canção

Vamos fazer com que o mundo inteiro

Escute o nosso coro

O coro mais bonito do mundo

Você conhece a canção

E conhece sua mensagem

Você tem voz

e tem sentimentos

Então cante com o seu coração

Da maneira mais forte que conseguir

Há outros cantores pelo mundo

cantando com você

com a mesma paixão que você

Estamos de mãos dadas

e a nossa fé é grande

Quando as pessoas nos ouvirem

serão tocadas pela música

Aquela antiga canção esquecida

abafada pelo som das armas

Todo aquele que nos ouvir

derramará lágrimas de emoção

e começará a cantar conosco

Eles não terão dificuldade

porque todo mundo conhece a canção

Eles apenas pararam de cantá-la

Se você cantar conosco

a canção será tão poderosa

que alcançará todos os lugares

e todas as pessoas do mundo

Então até mesmo o coração mais frio

será tocado e transformado

O som do nosso coro

Será, pouco a pouco,

mais forte que o som das armas

até o dia em que ninguém mais

escutará esse terrível barulho

Debora Mota

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Meus agradecimentos à minha irmã Gabriela Mota e ao meu amigo Elenckey Pimentel que revisaram o texto em inglês

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Bonequinha

Para minhas sobrinhas.

Bonequinha

Minha bonequinha, vem para os meus braços

fecha teus olhinhos e nana, nenê.

Amanhã de novo, vamos ver o mundo

com todas as coisas que te fazem bem.

Faço mil caretas e sons engraçados

Faço-me de boba pra te ver sorrir.

Porque é tão mágico o teu sorriso

fico até pensando que és bonequinha

como aquelas outras lá no meu varal.

E quando te vejo dormindo tão calminha

realmente esqueço

que és apenas um bebê normal.

Debora Mota

sábado, 16 de abril de 2011

De Olhos fechados

De Olhos Fechados
Imersa no vazio da solidão
a pequena ave emudece e chora.
Sua voz é o eco do silêncio.
Suas asas, inércia.
Fechados os olhos em nostalgia,
abriga-se na escuridão.
Suas lágrimas, sedativos.
E a pequena ave isola-se em seu sono.
Enquanto seus olhos não quer abrir
com medo das trevas que sente,
seu ser ilumina tudo ao redor.
Debora Mota

terça-feira, 12 de abril de 2011

Velhos Papéis / Meme

Ao poeta AC Rangel, e seu poema Velhos Papéis
Velhos Papéis
(Debora Mota)
A vida que ficou nos papéis
guardados amarelos em gavetas
recomeça a cada leitura
de ingênuos meninos inexperientes
São eles quem hão de sentir
o que um dia o poeta escreveu
Eles restaurarão
o que o tempo destruiu
e o sentimento que morreu
Encantados em sua leitura
seus olhos hão de brilhar
e a vida que está desbotada
parecerá arco-íris
aos olhos ingênuos
dos meninos sedentos de amor
Velhos papéis,
novas vidas!
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Velhos Papéis
(AC Rangel)
Velhas gavetas,
velhas lembranças...
Mais que amarelados papéis,
vida que já foi colorida,
vida passada!
Lágrimas, sorrisos, sonhos,
que o tempo foi destruindo.
Encerrados, mortos...
...passado.
Quem ainda há de lembrar,
quem sentirá,
na pele,
alegrias, tristezas,
memórias?
Velhos papéis,
velhas vidas!
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MEME
Recebi, da Marly do blog Palavreados ao Vento, um MEME para postar no meu blog. Perguntei-lhe o que é MEME e ela disse que disseram para ela (rsrs) que é uma palavra que vem de mimo, gentileza. Uma forma de conhecer melhor nosso colega blogueiro. Bem, as regras são as seguintes:
  1. Indicar 10 blogs (ou mais) para o Meme;
  2. Avisar aos indicados;
  3. Escrever e postar 10 coisas que você gosta.
Bem. Então segue a minha lista de 10 coisas que eu gosto:
  1. Minha família: Mãe, pai, irmãs, irmão, sobrinhas e sobrinhos;
  2. Cantar. Atualmente, canto no coral universitário. Sou contralto;
  3. Ler. Atualmente estou lendo Cien Años de Soledad, de Gabriel García Marquez;
  4. Escrever. Atualmente estou escrevendo poemas, contos e minha dissertação. Desejando escrever crônicas para meu outro blog, mas sem tempo para isso;
  5. Aprender. Atualmente estou aprendendo um monte de coisa;
  6. Ensinar. Atualmente estou ensinado pouca coisa;
  7. Praia. Especialmente Carapibus;
  8. Sol. Especialmente em dias com poucas nuvens;
  9. Lua. Especialmente lua cheia em noites com poucas nuvens;
  10. E já que estamos no blog, devo dizer que gosto muito dos comentários de vocês. Especialmente aqueles sobre um ponto ou aspecto específico dos meus poemas. Esses são bastante construtivos.
"And the Oscar goes to". Meus indicados são:
  1. Alma Tua, poemas de A C Rangel;
  2. Escritos de Késia Mota (contos, crônicas, críticas etc);
  3. Poemas de Carmem Troncoso Baesa (em espanhol);
  4. El Parapeto; poemas de Joaquin Lourido (em espanhol);
  5. Passando o Tempo, de Moa Will. Crônicas de um homem apaixonado (sobretudo exaltando as mulheres);
  6. Lectando-me, poemas de Jasafan;
  7. Onza-onza, poemas de uma asturiana, Onza-Onza (em espanhol);
  8. El Blog de Luis Madrigal, com muitos ensinamentos e reflexões, sempre nos presenteando com música da melhor qualidade;
  9. Alma do Poeta, poemas de Vinícius C;
  10. Voando com Borboletas, poemas de uma Borboleta.
Pensei em indicar os blogs da Maria Luiza e do Paulo Rideaki, mas como eles já foram indicados pela Marly, deixo apenas aqui a minha intenção.

domingo, 10 de abril de 2011

O Silêncio e o Trovão

O Silêncio e o Trovão

Peço socorro de madrugada.

Responde-me o silêncio.

É noite sem luar

e nuvens encobrem as estrelas.

Só há hoje o escuro e a solidão.

O barulho da chuva,

que tantas vezes alenta,

parece-me agora sinal de alerta

anunciando perigo iminente.

E a voz do trovão

não me assusta mais que a voz do silêncio,

mas une-se a ela em dueto

para aumentar sua força.

Sou pequena demais esta noite,

criança com medo do bicho-papão.

Peço socorro de madrugada.

Respondem-me o silêncio

e o trovão.

Debora Mota