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terça-feira, 29 de março de 2011

Carapibus

Carapibus

Hoje eu não quero música

quero apenas o silêncio

e as ondas de Carapibus

Renovar-me com sua energia

Quero a vida pela frente

das crianças de Carapibus

a alegria de seus jovens

a tranquilidade de seus idosos

e a paixão lua de mel

dos casais de Carapibus

Ali naquelas piscinas

cheias de belos peixinhos

quero que o sol me abrace

quero que o mar me beije

Quero no fim da tarde

maré alta e muito vento

uma rede e um bom livro

esperando a lua cheia

Que essa lua tão clara

seja minha companheira

minha mãe e minha amiga

e cante para me ninar

Quero dormir em seus braços

e acordar ao nascer do sol

de Carapibus

Debora Mota

domingo, 27 de março de 2011

1. POESIA!!!

1. POESIA!!!
Parei de escrever poesia
Estava chato ser romântica
pior ainda a melancolia
Agora só escrevo listas
Já fiz listas de compras
de telefones
e de compromissos
Listas de listas já fiz também
A primeira lista que fiz
foi a de proibições
escrevi o primeiro item
com letras maiúsculas e três exclamações
Então estava lá
a poesia em caixa alta
e eu, uma pedra
fria, como queria
Entreguei-me às minhas listas
como virgem apaixonada
Não, não, não
isso é poesia
Entreguei-me às minhas listas sem metáforas
sem romantismo e sem melancolia
2. Agora não choro mais
3. Não suspiro mais
4. Não ando sonhando acordada
5. Não vivo mais
Debora Mota
___________________________
Não sou sou totalmente contra, mas não gosto muito de rimas. Essa do terceiro verso saiu sem querer. Não vi outro caminho. Não gostei desse poema, mas está aí para manter o blog atualizado. Hehehe

sábado, 26 de março de 2011

Medo da Morte

Medo da Morte

Tenho medo da morte

sombra densa e gelada

Tenho medo que me envolva

devore minhas carnes

e mastigue meus ossos

Sinto seu odor fétido

ouço seu sussurro

mas não sei onde ela está

Talvez à espreita

com armadilhas escondidas no meu caminho

Tenho medo de olhar para elas

Quando estupra meus sonhos

ejacula sêmen de medo

Eu não consigo abortar o pavor que carrego no ventre

e meus pesadelos corroem minha alma

Tenho medo da morte

muito medo

Mas ela ri de mim

- Debora Mota -

quinta-feira, 24 de março de 2011

1 em 2

Puerta Abierta
Entra en mis aposentos
y abraza mi piél con tu calor
Hazme tuya
como se fuera tu derecho
como se no hubiera nadie más
Por cierto los voy olvidar
Necesito tus besos en mi cuerpo
Ellos son vida, el aire que respiro
aunque jadeante
Llevame donde ván los amantes
y poetas enamorados
Y conocerás el lado más ardiente que hay en mí
Despiértalo porque duerme
y sueña despiertar en tus brazos
Mis manos no son las tuyas
y no pueden hacer
las magias que tú haces
Me quedo sola e impotente
Necesito tus brujerías
No tardes, mi héroe
Mi puerta está abierta
Pero un soplo la puede cerrar
Debora Mota
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Puerta Cerrada
Dejaré la llave debajo de la alfombra
Si se cierra la puerta
Arrodillate
...
Pero no le cuentes a nadie
Debora Mota

quarta-feira, 23 de março de 2011

Elizabeth Taylor (1932-2011)

Elizabeth Taylor
Toda mulher seja Elizabeth Taylor
uma diva
uma deusa
marcante
Toda mulher viva intensamente
Conheça o gosto do sucesso
e carregue em si
a imagem de eterna rainha
Toda mulher dê-se ao luxo
de as vezes ser inconseqüente
apaixonar-se mil vezes
e encantar gerações
Toda mulher seja frágil
com ares de realeza
mesmo que lhe mingue a beleza
Toda mulher seja flor
Toda mulher possa viver
como alguém que nunca se vai
envelhecer sem ficar velhinha
e morrer em paz
Debora Mota
___________________________________
Muitas divas desfilaram nas telas, mas só uma foi Liz Taylor

Sem chorar, darei adeus

Sem chorar, darei adeus
As cinzas daquele amor
atirarei ao vento
Sem o peso das lembranças, flutuarão livremente
até encontrarem repouso
nas ondas do mar
Sem chorar, darei adeus
tendo leve o coração
na certeza de que tudo ficou para trás
e queimou-se
em minhas últimas gotas de lágrima
As cinzas daquele amor
ficarão no mar
e eu escrevei um novo livro.
Debora Mota
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Hoje eu resolvi ouvir Piaff e, como sempre faço, procurei no You Tube. Claro que não poderia deixar de ouvir Non, Je Ne Regrette Rien. Pois então. Alguns minutos depois, visitei o blog do Paulo e vi que ele havia postado o mesmo vídeo que eu acabara de ver/ouvir. Coincidência interessante. Também hoje encontrei a foto da Lorena Luna e de tão bela que a foto estava, eu não poderia deixá-la sem um poema.
Esse poema é inspirado na música Non, Je Ne Regrette Rien. Sem a menor pretensão de querer alcançar o mesmo nível poético.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Letras, canto e brilho

Letras, canto e brilho
Depois que eu me libertei
Libertei todas as letras
que em silêncio censurava
Retornei para o meu canto
que o silêncio invejava
E meus olhos voltaram a brilhar
Agora tenho letras, tenho canto
e tenho brilho
Aquecem meu sangue
explodem em sorrisos e risos
Elevam-me
Enlevam-me
Levam-me
Agora ando solta
Salto alto, batom
e brilho
Livre nas letras
Livre no canto
Voltei para o meu canto
Soltei as minhas letras
Tenho brilho no olhar
Não tenho que explicar nada.
Me libertei
Vou cantar
Debora Mota
____________________________________________
Está parecendo meio narcisista este blog cheio de fotos minhas. Hehehe. Preciso abrir a porta e sair por aí fotografando.
...

domingo, 20 de março de 2011

In favor of love

Clique na imagem para ampliar/ Click picture to enlarge
Revisão gramatical Elenckey Pimentel
"I wanna try to do something..."

sexta-feira, 18 de março de 2011

Letras seductoras

Letras seductoras
Salgan letras de mi
Y caminen por mi cuerpo
Voluptuosas y sensuales
Para seducir al hombre de mis sueños
bailando desnudas y despreocupadas
al ritmo del tambor
de mi respiración jadeante
Vuelen todas estas letras
En búsqueda de quien las pueda oír
En búsqueda de quien las pueda comprender
En búsqueda de quien las pueda traducir
Encuentren al hombre de mis sueños
Aquel que tortura mi deseo
Todavia no estuve con él
Pero aunque no sentí su olor
Aunque sus manos aún no hayan tocado mi cuerpo
Conozco el ardiente calor
de su mirada bajo mi piél
Vuelen las letras que de mi salieron
hacia el hombre de mis sueños
Bailen enfrente de él
Como yo le quiero bailar
Canten con mi voz más blanda
Todas las palabras que quiero cantar
Hagan esto para embrujarlo
Y traerlo hasta mi
Debora Mota
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Não gostei das palavras que coloquei na foto. As letras ficaram grandes e coloridas demais. Mas é errando que se aprende. Rsrs

Presente da Maria Luiza

Hoje recebi um presente.
Um de meus poemas foi postado no blog de uma colega.
Isso não tem preço.
Obrigada, Maria Luiza.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Novo amor

NOVO AMOR

Eu tenho um novo amor

Um amor desses de cinema

Um amor louco

Intenso

Desesperado

Não sei contar a história

Simplesmente aconteceu

Foi como o amor daquela música

Cresceu e me absorveu

Hoje vivo desse amor

Ele me alimenta

Me faz respirar

Ele me está transformando

O corpo

A mente

A alma

Esse amor está me salvando da morte

Esse é o amor com que sempre sonhei

Ele me faz sentir mulher

Sexy

Desejável

Bela

Esse amor me deixa forte

Forte e grande

Adorando toda a minha fragilidade

Sonho, viajo, flutuo nesse amor

Amor apaixonado

Que seja um eterno amor

Que haja sempre um altar

Para adorar a pessoa amada

Um altar para mim

Em mim

Debora Mota

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No dia em que eu conseguir postar exatamente da forma que eu idealizar, solto fogos. Não consegui separar as estrofes. Preciso de aulas de blog. Kkkk

segunda-feira, 14 de março de 2011

Travesseiros

Travesseiros
Pare de invadir minhas noites
e perturbar meu sono,
fantasma frio e cruel.
Afaste-se de minha cama
e permita-me sonhar
Não há sequer uma noite
em que deixes de me visitar.
Travesseiros não foram feitos
para aparar lágrimas
Vá embora, alma tenebrosa
Porque resolveste me atormentar?
Com saudades
desilusões e verdades
Afaste-se de mim!
Quero voltar a sonhar
Se é riqueza o que queres
Leva contigo meus tesouros
Leva as memórias que transformaste em dor
Leva a risada que transformaste em choro
e a canção de amor que transformaste em silêncio
Já não fazem, para mim,
sentido tais tesouros
Leva-os no peito como medalha
Porque no meu, eles são nós
impossíveis de desatar
Já cumpriste o teu dever
Pega os meus tesouros e some
Porque travesseiros não foram feitos
para aparar lágrimas
Deixa-me, finalmente,
usá-los para sonhar.
Debora Mota
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Prometo que meu próximo post será um poema cheio de risos e flores. Não há quem aguente tanta melancolia. rs
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Ainda estou apanhando deste blog. Eu queria diminuir essa imagem, mas não sei como fazê-lo.
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Hoje é o dia da poesia. Fiquei sabendo por Cris França num lindo poema.

terça-feira, 8 de março de 2011

Às minhas irmãs

Quero a companhia delas

Quero ver o sol nascer

e ouvir os pássaros anunciando um novo dia

E que esse dia seja novamente

um dia que já vivi

um novo dia já vivido anos atrás

Quero ver o sol nascer

Senti-lo em minha pele

Como sentia antes

Sentir o frescor da manhã

Com a vivacidade que não tenho mais

Eu quero sair correndo na companhia delas

Desembestada, sem pensar em mais nada

Correndo atrás daquele não sei o quê

Que era tão importante para nós

Quero dar a volta ao mundo novamente

Como fazia em minha infância

E depois dessa aventura

voltar para a segurança barulhenta do meu lar

Quero tê-las aqui comigo

Todas elas.

Irmãs. Filhas. Solteiras.

Quero sentar na janela do sexto andar

com as pernas para fora

sem medo de cair

e ver como o mundo lá fora não tem importância nenhuma

Porque nada tem tanta importância

Nada é tão precioso

Quanto o tempo que não volta mais

Quero fazer de hoje

Um tempo para se recordar

Quero amanhã desejar o hoje na companhia delas.

Débora Mota

......

“Hoje eu quero apenas uma pausa de mil compassos

para ver as meninas e nada mais nos braços

só esse amor assim descontraído”

Paulinho da Viola (Especialmente bela cantada por Marisa Monte)

Olhar-te nos olhos

Olhar-te nos olhos

Olhar-te nos olhos deve ser de extasiar...

Como quando a gente vê o mar pela primeira vez

e não sabe se permanece ali o adorando

ou se entrega-lhe o corpo num mergulho apaixonado

Quero nunca olhar-te nos olhos

porque não gosto de indecisão

Ah, e como deve ser perigoso!

Deve provocar taquicardia, olhar-te nos olhos

e problemas respiratórios

Tenho medo de morrer

então não quero olhar-te nos olhos

Mas deve ser de extasiar...

Vejo teus olhos todos os dias

acima da boca que sonho em beijar

Mas nunca te olhei nos olhos

Ainda bem

Porque detesto esquecer-me dos meus problemas.

O que é uma mulher sem problemas?

Não, não, não

Não devo esquecê-los.

Ainda bem que nunca te olhei nos olhos

Ainda bem que nunca senti o teu toque ou o teu cheiro

e que nunca te olhei nos olhos

Senão eu deixaria de imaginar

para só sentir saudade

Detesto saudade.

Então não quero olhar-te nos olhos

...

Mas deve ser de extasiar...

Debora Mota